História da osteopatia
A osteopatia é uma medicina que nasceu nos Estados Unidos. O fundador foi Still.
Não se sabe ao certo a origem das manipulações. Supõem-se que foi iniciada pelos homens mais primitivos. Hipócrates escreveu alguns pareceres sobre as manobras que parecem como manipulações, nos anos 60-80a.c. Nos seus comentários sobre os manuscritos, Hipócrates protagoniza nos seus esboços as combinações de tracções e composições para o tratamento dos processos vertebrais.
Ambroise Parè (1550-1590), cirurgião do renascimento, descreveu um capítulo de luxação vertebral e protagoniza os métodos descritos por Hipócrates. Em Espanha, Luís de Mercado, catedrático na faculdade de Medicina de Valladolid, em 1572, foi o primeiro universitário que utilizou o ensino das manipulações. Utilizou manobras hipocráticas de redução por pressões directa sob tracção vertebral. Durante o renascimento viu-se aparecer por toda a Europa numerosos curandeiros chamados de “endireitas”. Ao longo da nossa história, os endireitas mantiveram um papel importante nas práticas manuais, os seus conhecimentos eram deixados de pais para filhos. Mas contudo, com a existência de novas lei tornou-se ilegal a pratica desta actividade.
Andrew Taylor Still - o pai da Osteopatia
Nasceu em 6 de Agosto de 1828, em Jonesboroug, Virgina (U:S:A), o seu pai era médico e pastor metodista. Still iniciou-se muito jovem na medicina. Começa os estudos de medicina em Kansas City, no colégio Ofphysicians and Surgions (Missouri). Still revelou-se impotente para aliviar e tratar os feridos da guerra, então decidiu estudar fisiologia para tentar compreender melhor o funcionamento do corpo humano. Foi desta forma que adquiriu o conhecimento e a convicção de que a ingestão de medicamentos apresenta inconvenientes para a saúde dos seus utilizadores.
Em 1864, revela a Osteopatia. Naquele ano, durante uma epidemia de meningite cérebro-espinhal, Still perde vários dos seus pacientes e inclusive três dos seus próprios filhos. Constatando antes que sofria todos de dores dorsais. Em 22 de Julho enquanto curava um menino que sofria uma disenteria hemorrágica, constatou que o abdómen estava frio, enquanto que a parte inferior das costas estava muito quente. Foi nesse momento que se apercebeu do relacionamento da coluna com o funcionamento do intestino. Imobiliza então a coluna vertebral do menino, permitindo desta forma a sua autocorrecção. No dia seguinte, a mãe do menino, surpreendida, anunciou a Still que seu filho estava curado. Era a primeira vez que punha em prática as suas observações e trabalhos anteriores. Decide estudar anatomia ao vivo. Deste facto deduz: o papel da circulação do sangue, o papel da unidade do corpo e o papel das fixações.
A sua fama cresceu rapidamente, em 1899, fundou a escola American School of Osteopathy, em Kirsville, que ainda hoje existe. Os trabalhos e a fama de Still começam a molestar a classe médica, surgindo assim os primeiros problemas em 1910. O informe Flexner impede a abertura de novas escolas de Osteopatia.
Em 1917, Andrew Still morre com 89anos. Mas o movimento osteopático continua, e os colégios de Osteopatia multiplicam-se.
Jonh Martin, fez os seus estudos em medicina, mais tarde aprende osteopatia com Still. Obteve em 1900 o seu doutoramento em osteopatia. Em 1917, abre em Londres o colégio britânico B.S.O (British School of Osteopathy). Este último conta com actualmente com mais de quatrocentos alunos e uma centena de professores. A sua clínica recebe mil pacientes por semana. Este é o colégio mais antigo de Europa e é patrocinado pela Princesa Ana de Inglaterra. É, actualmente, a escola em que se baseia toda a Osteopatia europeia.
Nasce uma nova corrente de osteopatia na mesma época, graças a William Garner Sutherland. É o pai da terapia sacro-craniana. Foi igualmente aluno de Still em 1895. Descobriu a existência de um movimento desconhecido até então. Este movimento tem a sua origem no cérebro, ao qual se chama “Movimento Respiratório Primário, C.R.I (Craneal Rythmic Impulse). Estudou as suturas dos ossos do crânio durante trinta anos, para efectuar os seus diagnósticos e seus tratamentos. Actualmente, outros Osteopatas aprofundam as técnicas e o fundamento científico da Osteopatia, com fim a evitar o empirismo e trazer-lhe bases científicas indispensáveis.