Hipnoterapia
Hipnoterapia traduz-se num método psicológico não convencional, que tem como base o uso da hipnose para a resolução de problemas de natureza psicológica e psicossomática.
Reconhece-se o valor da hipnose como auxiliar na pesquisa, diagnostico e terapêuticas tanto na psiquiatria como em outras áreas da prática médica. Associação Psiquiátrica Americana – 15 de Fevereiro de 1961.
O objectivo da hipnoterapia é fazer com que o paciente tome consciência de certos comportamentos desviantes que produzem consequências indesejadas e ao mesmo tempo apresentar novos comportamentos com consequências desejadas.
A hipnoterapia dispõe geralmente da hipnose para a realização da psicoterapia. A hipnose não é por si só um tratamento, trata-se porém, de uma ferramenta importantíssima que o terapeuta dispõe de modo a poder realizar a psicoterapia.
A hipnose é assim definida pela American Psychological Association (APA) como um procedimento durante o qual um pesquisador ou profissional de saúde sugere que um cliente/paciente experimente mudanças de sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos. Para o psiquiatra Dr. Milton Erickson, a hipnose é um estado alterado de consciência, ou é um estado de consciência no qual o conhecimento que você adquiriu durante toda sua vida e que você usa automaticamente torna-se, de repente, disponível.
É importante salientar que, em qualquer nível de transe obtido, o paciente continua perfeitamente desperto, podendo a qualquer altura interromper o processo.
É de referir que o estado de transe é um estado natural e normal que todos vivenciamos, muitas vezes, no nosso dia-a-dia, que ocorre espontaneamente e pode ser sentido de várias formas. Este estado pode ocorrer quando, voluntariamente, nós escolhemos focalizar a nossa atenção em alguma coisa que nos interessa, ou seja, qualquer actividade que absorva a nossa atenção, induzindo-nos a um estado de transe e que pode ser desde a leitura de um livro, ver televisão, dançar, fazer amor. Em suma, o transe é uma aptidão, ou capacidade natural/fisiológica, uma experiencia do dia-a-dia.
A hipnoterapia é formulada para fazer frente à singularidade das necessidades do individuo, e não limitar a pessoa de modo a encaixa-la numa teoria hipotética do comportamento humano.
A terapia é centrada no paciente, criando as circunstâncias nas quais os indivíduos possam responder espontaneamente e mudar. A hipnoterapia trata o individuo com todas as suas especificidades e idiossincrasias numa terapia sob medida. Uma terapia única e desenvolvida para si.
A hipnoterapia parte do prossuposto que para todo o comportamento desviante, haverá uma causa que pode estar situada no passado. A terapia regressiva é uma das abordagens que permite procurar no passado a origem do problema do indivíduo e não ficar somente pela superfície do sintoma. Ao compreender e libertar os recalcamentos do passado, a hipnose faz uso dos recursos inconscientes do próprio paciente para a auto-ajuda e, finalmente, despoletar os mecanismos de autocura. Decididamente, a hipnose de regressão não actua somente nos sintomas, mas essencialmente procura descobrir a origem dos problemas. São os próprios recursos do paciente que lhe permitirão alcançar a cura. Tal como Milton Erickson referia: Todas as fechaduras possuem uma chave. A hipnoterapia é tão abrangente que não se prende só no passado, como também no presente e futuro. Milton Erickson dizia que um dos objectivos que deveriam ser conseguidos com a hipnoterapia é ensinar ao paciente que não só tem um passado que é extremamente importante para ele, mas também tem um presente que é mais importante e um futuro ainda mais importante do que o presente ou o passado.
A vida não é algo a que se possa dar uma resposta imediata. Você pode usufruir o processo de espera, o processo de se tornar você mesmo. Não há nada mais prazeroso na vida do que plantar sementinhas de flores e não saber quais as lindas variedades que irão brotar (Milton Erickson).
Principais indicações:
Depressão; Pânico; Quadros de Ansiedade; Dificuldades de Aprendizagem; Transtorno Obsessivo/Compulsivo; Stress Pós-Traumático; Problemas alimentares (Anorexia Nervosa, Bulimia); Stress; Fobia Social e Específica; Timidez; Frigidez; Impotência; Controlo da Dor; Maus Hábitos (Tabagismo, alcoolismo); Obesidade; Auto-Estima; Problemas de memória; Medo de Falar em Público; Distúrbios de Sono; Insónia; Melhoria na prática desportiva; Melhoria no desempenho escolar; Entre tantos outros problemas e perturbações do foro psicológico.